Comum nos Estados Unidos, a busca por soluções de espaço em self storages ganhou mercado no Brasil nas últimas décadas. Estima-se que haja mais de 200 deles no País, segundo a Associação Brasileira de Self Storage (Asbrass). Tanto crescimento, no entanto, gerou práticas abusivas, que exigem atenção do consumidor.
Ideais para guardar objetos que não cabem mais em casa, proteger móveis em reformas ou até armazenar estoques de lojas, os boxes oferecidos pelo self storage podem ser contratados de acordo com a necessidade do cliente e sem necessidade de avisos prévios para saída – algo que não tem acontecido na prática.

“Recebemos clientes de outras operadoras que foram atraídos por valores muito baixos e, depois, tiveram que pagar taxas adicionais”, explica Edouard Moreau, administrador do Storage Guarda-Tudo. “Eles, ainda, exigem prazo mínimo para avisar a intenção de sair e praticam venda casada da contratação de seguro”, completa.

Totalmente contra a prática de mercado, que prevê a total liberdade para que o consumidor entre e saia do self storage a qualquer momento, a “amarração” do cliente por meio de contratos abusivos é um ação que pode trazer sérias dores de cabeça.

“Índices de reajuste por custo operacional escondidos ou imprevisíveis são uma prática adotada por diversos serviços de self storage, especialmente os que cobram taxas muito abaixo do mercado”, completa Moreau, destacando que o princípio fundamental do setor é não cobrar taxas do cliente e nem prendê-lo por contrato.

Esses boxes individuais e de diferentes tamanhos, alugados para pessoas físicas e jurídicas por meio de contratos mensais, têm controle de acesso, monitoramento 24h e estacionamento. No Brasil, o self storage já se difundiu amplamente em São Paulo e no Rio de Janeiro e cresce aproximadamente 5% ao ano.

Tamanha oferta de locação fez com que as boas práticas de mercado fossem esquecidas. “Recebemos clientes da concorrência com muitas reclamações, tais como contratos que escondem seus índices de reajustes”, explica o gestor do Storage Guarda Tudo. “O locatário vira refém se não pagar, pois tem seu box trancado e fica sem acesso a seus pertences”, complementa.

A questão do seguro para locatários de self storage também merece atenção. Há casos em que o operador ganha mais no seguro do que na locação – algo que exige atenção por parte do cliente. “Analise os prêmios e suas coberturas para certificar-se de estar contratando o seguro correto pelo preço justo”, recomenda Edouard.

Outras dicas para não cair nas armadilhas de alguns operadores de self storage são avaliar e desconfiar de ofertas muito fora do mercado, analisando minuciosamente as cláusulas do contrato, prazos para deixar o box, reajustes mensais e anuais, etc. Comparar valores para identificar discrepâncias também ajuda a escolher o melhor.

Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/dino/self-storage-cresce-no-brasil-ja-sao-200-operadores-e-mais-de-500000m2-locados,b390be96ec076e883695b9386e3661351dleobh4.html

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *